Os casos de febre oropouche no Brasil aumentaram drasticamente, de acordo com os dados mais recentes do Ministério da Saúde.
Até 15 de março, foram registrados 5.102 casos da doença, com a maior concentração na região Norte: Amazonas (2.947 casos) e Rondônia (1.528) lideram a lista.
Além do Amazonas e Rondônia, a febre oropouche também apareceu em estados como Bahia, Acre, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná, onde há casos confirmados ou sob investigação.
As pessoas mais afetadas são aquelas entre 20 e 29 anos, mas há também registros em outras faixas etárias, como de 10 a 19 anos e de 30 a 49 anos.
Espalhamento da Doença
Ethel Maciel, secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, explicou que a doença não está mais restrita à região Norte.
“Nas últimas semanas, a febre oropouche começou a se espalhar para outras partes do Brasil. No começo, achávamos que ficaria concentrada no Norte, mas vimos que se espalhou”, disse ela.
Para lidar com esse novo desafio, o Ministério da Saúde tomou várias medidas. “Não tínhamos um manual ou protocolo para febre oropouche, então criamos diretrizes de observação clínica e distribuímos testes para todos os laboratórios centrais (Lacen).
Isso nos permitiu diagnosticar corretamente a doença e monitorá-la de perto”, explicou Ethel.
O que é a Febre Oropouche?
A febre oropouche é causada por um vírus chamado Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), que é bem semelhante ao vírus da dengue.
Ele é transmitido por mosquitos das espécies Culicoides paraensis, conhecidos como maruins, e Culex quinquefasciatus.
Quando um mosquito infectado pica uma pessoa ou animal, o vírus fica no sangue do mosquito por alguns dias e pode ser transmitido para outra pessoa saudável quando o mosquito pica novamente.
Sintomas da Febre Oropouche
Os sintomas da febre oropouche são bem parecidos com os da dengue e da chikungunya: dores de cabeça, febre, dores nas articulações, tontura, dor atrás dos olhos, erupções na pele, náuseas e vômitos.
Infelizmente, não há vacina ou tratamento específico para essa doença. O Ministério da Saúde recomenda que os pacientes descansem bastante, recebam tratamento sintomático e sejam acompanhados por um médico.
Como se Prevenir
Para evitar a febre oropouche, é importante tomar algumas medidas simples. Evite áreas com muitos mosquitos, use roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas partes expostas da pele.
Também é crucial eliminar criadouros de mosquitos em casa, como água parada e folhas acumuladas. E, claro, siga as orientações das autoridades de saúde locais se houver casos confirmados na sua região.
Com o aumento dos casos, a conscientização e a colaboração de todos são essenciais para combater a propagação da febre oropouche. Fique atento às recomendações e ajude a manter sua comunidade segura.