Pessoas que falam mais palavrões podem ser mais honestas, diz estudo

A pesquisa científica está empenhada em desvendar os mistérios por trás das pessoas que usam palavras consideradas obscenas, buscando demonstrar que essas palavras podem esconder mais qualidades do que se imagina.

Em publicações anteriores, abordamos estudos que apontam que o uso de palavrões não está relacionado à falta de inteligência e que, surpreendentemente, uma linguagem mais vulgar pode ajudar a aliviar a dor.

Agora, uma nova pesquisa sugere que as pessoas que costumam usar palavras de baixo calão também tendem a ser mais honestas!

Geralmente, aqueles que não hesitam em usar palavras consideradas grosseiras não têm vergonha de admitir essa característica, que muitas vezes é vista como um defeito, mas que pode, na verdade, ser uma qualidade.

Um estudo internacional, realizado por pesquisadores dos Estados Unidos, do Reino Unido e de Hong Kong, envolvendo 276 participantes, indica que aqueles que frequentemente usam palavras de baixo calão tendem a praticar a honestidade.

A primeira etapa da pesquisa concentrou-se em analisar os padrões de comunicação dessas pessoas, incluindo suas palavras obscenas preferidas e a frequência com que as utilizam no dia a dia.

Além disso, um questionário foi aplicado para avaliar a honestidade dos participantes em jogos ou interações sociais.

Em uma segunda fase, os pesquisadores examinaram as atualizações de status de 75.000 usuários de redes sociais, procurando por padrões de comportamento que envolvessem o uso de pronomes em terceira pessoa e palavras negativas.

Os resultados apontam para uma relação positiva entre o uso de palavrões e a honestidade, sugerindo que essa ligação é robusta e que se reflete não apenas no nível individual, mas também na sociedade em geral, conforme indicado no relatório final da análise.

Embora os palavrões sejam frequentemente vistos como formas de grosseria, os cientistas argumentam que essa maneira de se expressar pode, na verdade, refletir uma honestidade mais genuína e se manifestar no comportamento das pessoas em sua totalidade.

David Stillwell, coautor do estudo, explica que “pode-se pensar que aqueles que usam palavrões em excesso possuem comportamentos sociais negativos, mas eles simplesmente não estão filtrando sua linguagem.

Portanto, é provável que eles também não filtrem suas histórias, tornando-as mais verídicas.”

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